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Cinomose: conheça tudo sobre esta doença

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A cinomose é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente cães, sendo uma preocupação significativa para tutores e veterinários ao redor do mundo. Neste artigo, vamos abordar todos os aspectos dessa enfermidade, incluindo sintomas, formas de transmissão, tratamento e prevenção. Entender essa doença pode ser crucial para garantir a saúde e bem-estar do seu pet.

A cinomose é causada pelo vírus da família Paramyxoviridae, gênero Morbillivirus, semelhante ao vírus do sarampo que afeta humanos. Ela é uma das principais doenças infectocontagiosas que acomete os cães, podendo levar a graves complicações e até a morte, caso não seja tratada a tempo e de forma adequada.

O Ciclo da Infecção da Cinomose

Transmissão

A transmissão do vírus da cinomose ocorre principalmente através do contato direto com secreções de animais contaminados, como saliva, fezes, urina e até mesmo pelo ar. O contágio pode acontecer também pelo contato indireto, por meio de objetos contaminados, como potes de água, brinquedos e cobertores.

Fases da Doença

A cinomose é caracterizada por diferentes fases, cada uma apresentando sintomas específicos. Abaixo, uma tabela que resume as fases e seus sinais clínicos principais:

Fase Sintomas Comuns Tempo de Incubação
Fase Inicial Febre, perda de apetite, secreção nasal e ocular 1-2 semanas
Fase Aguda Vômitos, diarreia, tosse, pneumonia, hiperqueratose nas patas 2-4 semanas
Fase Neurológica Convulsões, paralisias, tiques nervosos, ataxia Variável

Sintomas da Cinomose

A cinomose afeta múltiplos sistemas do corpo do cão, incluindo o sistema respiratório, gastrointestinal e nervoso. Dependendo da fase da doença, os sintomas podem variar de leves a severos:

Sintomas Respiratórios

  • Tosse persistente
  • Secreção nasal purulenta
  • Dificuldade para respirar
  • Pneumonia

Sintomas Gastrointestinais

  • Vômitos
  • Diarreia (que pode conter sangue)
  • Perda de apetite
  • Desidratação

Sintomas Neurológicos

  • Convulsões
  • Tremores musculares
  • Paralisia parcial ou total
  • Ataxia (falta de coordenação motora)

Outros Sintomas

  • Febre alta
  • Letargia
  • Hiperqueratose (endurecimento das almofadinhas das patas e do nariz)

Diagnóstico

O diagnóstico da cinomose é feito através de uma combinação de avaliação clínica, histórico do animal e testes laboratoriais. Testes específicos incluem o PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), que detecta o material genético do vírus, e testes sorológicos, que verificam a presença de anticorpos contra o vírus no sangue do cão.

Tratamento

Infelizmente, não existe um tratamento antiviral específico para a cinomose. O tratamento geralmente é sintomático e de suporte, focando em:

  • Hidratação: Administração de fluidos intravenosos para evitar desidratação.
  • Antibióticos: Para prevenir ou tratar infecções secundárias.
  • Anticonvulsivantes: Para controlar crises convulsivas.
  • Nutrição Adequada: Suporte nutricional para manutenção da condição corporal do cão.

Prevenção

A prevenção é a melhor maneira de proteger seu cão contra a cinomose. As principais estratégias incluem:

  • Vacinação: A vacinação é a defesa mais eficaz contra a cinomose. A primeira dose deve ser administrada aos filhotes com 6-8 semanas de idade, seguida por reforços anuais.
  • Higiene: Manter um ambiente limpo e livre de resíduos de animais infectados é crucial. Higienizar regularmente os objetos do cão, como brinquedos e tigelas de alimentação.
  • Isolamento: Isolar cães infectados ou suspeitos de infecção para evitar a propagação do vírus a outros animais.

Mitos e Verdades sobre a Cinomose

Verdades

  1. A cinomose é fatal em muitos casos: Sem tratamento adequado, a taxa de mortalidade pode ser alta.
  2. Pode afetar cães de qualquer idade: Embora seja mais comum em filhotes, cães adultos e idosos também podem contrair a doença.
  3. A vacinação é altamente eficaz: Cães vacinados têm menos chances de contrair a doença.

Mitos

  1. A cinomose só afeta cães de rua: Todos os cães, independentemente de onde vivem, podem contrair cinomose se não estiverem vacinados.
  2. A cinomose não tem cura: Embora não exista um antiviral específico, cães podem se recuperar com tratamento adequado e suporte.
  3. A cinomose pode ser transmitida para humanos: A doença é específica para cães e não representa um risco para humanos.

O Papel do Tutor

O tutor desempenha um papel crucial na prevenção e controle da cinomose. Estar atento aos sinais clínicos, garantir a vacinação em dia e manter o ambiente limpo são ações fundamentais. Além disso, ao perceber qualquer sintoma suspeito, é importante levar o cão ao veterinário imediatamente para um diagnóstico precoce e iniciar o tratamento o quanto antes.

Conclusão

A cinomose é uma ameaça séria à saúde dos cães, mas com medidas preventivas adequadas e um tratamento rápido e eficaz, é possível minimizar os riscos e aumentar as chances de recuperação. A conscientização sobre essa doença é fundamental para garantir que mais cães sejam protegidos contra ela. Mantenha-se informado, cumpra o calendário de vacinação do seu pet e colabore com os veterinários para promover uma vida longa e saudável para seu amigo de quatro patas.

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