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Guia Completo sobre o Pug: Tudo que Você Precisa Saber

Este artigo foi publicado pelo autor Mundo Rico Pet em 16/09/2024 e atualizado em 16/09/2024. Encontra-se na categoria Cachorros.

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Especificações

Charmoso, não é? O Pug pertence ao Toy Group (Grupo brinquedo) de acordo com a classificação do American Kennel Club. Isso indica que somos um cão de pequeno porte superdivertido, como sua categorização sugere. Somos muito afetuosos e encantamos a todos com nossas dobrinhas e nosso rabinho enrolado.

O tamanho e o temperamento dócil nos tornam versáteis e adaptáveis à rotina de nossos tutores. Contudo, por sermos uma raça braquicefálica, os Pugs são um pouco mais sensíveis que os demais cães e, por isso, precisamos de atenção especial de nossa família humana. Descubra como cuidar dos cães desta raça aqui.

Origem do Pug

Acreditamos que o Pug é uma das raças mais antigas do mundo, tendo suas primeiras variações em tempos pré-cristãos na China. A origem remonta à Dinastia Han (que perdurou de 206 a.C. até 220 d.C) e nós teríamos como antepassados os cães dos Imperadores e de famílias nobres.

O Pug foi levado à Holanda por volta do século XVI e se tornou a raça de colo preferida das damas e da alta sociedade do país. Posteriormente, isso se espalhou por toda a Europa. Entretanto, foram os ingleses que nos nomearam, inicialmente como Pug-Dog, que significava algo como cão pequeno.

O tamanho e a postura protetora nos tornaram grandes companheiros de importantes figuras da história europeia, como Maria Antonieta, Napoleão Bonaparte e, em tempos atuais, o Duque de Windsor.

Características físicas do Pug

Nosso porte robusto, musculatura firme e o formato da cabeça são as principais características físicas da raça. Com um tamanho pequeno, nosso crânio é arredondado quando visto de frente. De perfil, deve-se observar que o focinho é totalmente achatado. As rugas são profundas, apresentando uma pelagem mais escura em seu interior. Nossas orelhas são caídas e se encaixam ao redor da face.

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Uma característica frequentemente importante para os tutores que buscam a raça é a cauda enroladinha. A versão original e mais desejada é a que apresenta duas voltas, no entanto, muitos Pugs têm apenas uma - que precisa ser firmemente apertada.

Nossos olhinhos são sempre escuros, arredondados e muito expressivos, transmitindo toda a amabilidade do Pug para seus tutores. Por fim, a pelagem assume normalmente duas tonalidades principais: abricot e preto.

Comportamento e temperamento do Pug

A história como cão de colo das damas da alta sociedade europeia revela uma das características comportamentais mais marcantes de um Pug: nossa facilidade em ser uma excelente companhia para os humanos.

Somos preguiçosos e, por isso, não apresentamos desafios nos cuidados diários. Adoramos socializar e somos cães muito apegados à família. Os Pugs se adaptam facilmente a espaços menores, como apartamentos pequenos. Também seremos ótimos anfitriões das visitas, recebendo estranhos com alegria e entusiasmo - portanto, não espere que ajamos como cães de guarda. O espírito protetor aparece apenas em situações que entendemos como ameaçadoras, sendo muito vocais apenas nesses momentos.

O Pug late muito?

O Pug não é um cão muito vocal e nosso latido não é alto, apresentando uma tonalidade rouca e normalmente acompanhado de resmungos em forma de grunhidos. Latimos apenas para alertar os tutores sobre novidades no ambiente que consideramos ameaçadoras.

Pug é fácil de adestrar?

O Pug ocupa a 57ª posição entre as raças de cães mais inteligentes do mundo, segundo o livro A Inteligência dos Cães, de Stanley Coren. Normalmente, os cães classificados a partir do 55º lugar necessitam de mais de 25 repetições para compreender um comando.

Isso requer um pouco de persistência do adestrador. Portanto, não é exatamente fácil adestrar um Pug, embora seja muito necessário. A dica é investir em sessões curtas e muitas repetições, além de ter paciência extra com esse cãozinho.

Pug é destruidor?

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Não necessariamente. Os Pugs podem ser destrutivos quando filhotes e costumam confundir objetos com comida, engolindo papel, comendo chinelos e revirando o lixo em busca de novidades. Esse comportamento pode ser atenuado com o adestramento e a tendência à destruição diminui após os 2 anos.

Para evitar contratempos indesejáveis, apostemos em muitas sessões de brincadeiras e brinquedos para morder. Os Pugs não são cães superesportivos, mas adoramos gastar energia com momentos de diversão.

Como é a interação do Pug com crianças ou outros animais?

Os cães desta raça adoram interagir com novos animais e pessoas, inclusive crianças. O cuidado aqui deve ser com o Pug, pois nosso tamanho e porte mais robusto dificultam o manuseio. Por falta de habilidade, é comum que sintamos desconforto ou nos machuquemos quando tentam nos segurar de forma inadequada.

Devemos ter cuidado também com a cauda torcida: puxá-la pode causar muita dor ao Pug. Com supervisão durante os momentos de interação, teremos um ótimo cão de companhia para os pequenos.

A socialização com outros animais tende a ser fácil, mas podemos nos tornar um pouco desconfiados e medrosos se não nos sentirmos seguros, porém raramente somos agressivos. Acostume o Pug desde filhote a sentir cheiros diferentes de outros animais e demonstre muita segurança nesses momentos para acostumá-lo com mais facilidade na vida adulta.

Como cuidar de um Pug

Por sermos cães braquicefálicos, nós Pugs precisamos de um acompanhamento um pouco mais cuidadoso com o médico veterinário. Isso porque a síndrome dos cães de focinho achatado influencia na qualidade da nossa respiração. Além disso, somos mais sensíveis às mudanças de temperatura, precisando de locais frescos e amenos para nos sentirmos bem.

Outro ponto de atenção é que não podemos realizar exercícios muito intensos: prefira atividades moderadas e brincadeiras em curtas sessões. É preciso cuidado redobrado com nossos olhos. Os Pugs têm olhos proeminentes e, por isso, somos mais suscetíveis a problemas na região, como ceratoconjuntivite. Nosso papel como tutores é identificar se estamos coçando muito a área ou se há alguma vermelhidão para levá-los ao veterinário.

Por fim, cuidemos bem do peso do nosso Pug! Somos pequenos e corpulentos, com uma tendência a ganhar alguns quilinhos a mais do que é indicado para o nosso tamanho. Isso pode causar complicações nas articulações do nosso cãozinho.

Exercício diário e brincadeiras

Os Pugs são cães pouco atléticos e preferimos gastar energia em sessões de brincadeiras. O indicado para caminhadas diárias é entre 30 e 40 minutos, com cerca de apenas 1 km por dia. Podemos somar isso a brincadeiras internas que estimulem o gasto de energia.

Cuidados com a pelagem

O pelo curto facilita o cuidado diário, não sendo necessário tosar nosso Pug. Contudo, soltamos muito pelo e, por isso, não podemos dispensar a escovação, que deve ser feita semanalmente, com os cuidados devidos em relação às ruguinhas.

Cuidados com a higiene

Banho: Por termos pelos curtos, os Pugs não precisam de banhos tão frequentes quanto outras raças. Uma frequência de 45 dias pode ser suficiente - ou quando ficarmos muito sujos. Prefira fórmulas neutras e tenha cuidado com o excesso de produtos para evitar dermatites.

Ruguinhas: As dobrinhas são adoráveis, mas também exigem atenção! A dica para evitar irritações na pele ou alergias na região é sempre limpá-las com soro fisiológico e ter especiais cuidados na secagem, já que o acúmulo de água na área pode causar problemas.

Olhos: Como já mencionamos, os olhos proeminentes do Pug podem apresentar lesões ou problemas, como conjuntivite. Certifique-se de limpá-los com soro fisiológico a cada 15 dias no mínimo, sempre tomando cuidado para secar o produto que escorre nas dobrinhas do focinho.

Orelhas: Tenha cuidado com água ou sujeira nas orelhas do Pug para evitar a proliferação de ácaros, fungos ou até bactérias na região. Mantenha-as sempre limpas e secas.

Unhas: Assim como a maioria dos cães, o Pug precisa de manutenção em suas unhas mensalmente. Assim, evitamos que ele tenha problemas de locomoção. Peçamos a ajuda de um profissional experiente para cortá-las.

Leia mais: Como manter a higiene do seu cachorro

Cuidados com a alimentação do Pug

Os Pugs têm tendência ao sobrepeso. Portanto, devemos manter uma dieta balanceada e contar com o acompanhamento de um médico veterinário para garantir os melhores valores nutricionais para nosso pet. Prefira rações premium e controle a quantidade de porções diárias de acordo com as recomendações do especialista e do fabricante da ração escolhida.

Leia mais: Como escolher a melhor ração para cães? Descubra!

Como cuidar de um filhote de Pug

O primeiro passo para cuidar de um filhote de Pug, assim como de qualquer filhote, é visitar um veterinário para ajudar com o protocolo de vacinação e vermifugação.

O calendário mais comum é:

Paralelamente à vacinação, ele precisará seguir o cronograma de vermifugação e antipulgas indicado pelo médico veterinário. Recomenda-se que somente após 10 dias da terceira dose de vacinas possamos passear com o animal. Até lá, ele deve permanecer em casa.

Leia mais: Confira aqui mais dicas sobre como cuidar de filhotes.

Vacinação e vermifugação do Pug adulto

As vacinas V8 ou V10 e antirrábica são obrigatórias anualmente, além da vermifugação que deve ocorrer com a frequência indicada pelo veterinário, normalmente de 4 em 4 meses.

Podemos também avaliar com o médico veterinário a necessidade de outras vacinas anuais recomendadas por especialistas, porém não-obrigatórias, como as doses contra Traqueobronquite Infecciosa (Tosse dos Canis), giardíase e Leishmaniose Visceral Canina.

Curiosidades sobre o Pug

“Fomos criados pela nobreza, que acreditava que nossas rugas na testa traziam boa sorte;” A esposa de Napoleão usou o Pug da família para enviar mensagens secretas para o marido enquanto estava presa em Les Carmes; “Os nomes mais comuns de Pugs são Bob e Mel; “Dificultamos a respiração e sofremos com climas mais secos devido ao focinho achatado; “Acredita-se que um Pug chamado Pompeu salvou a vida do Príncipe de Orange, Guilherme I de Nassau, em 1572, alertando-o sobre a aproximação dos espanhóis.” Gostou do texto? Então clique aqui e confira o nosso Guia de Raças, com 40 artigos especiais ou acesse o nosso blog para acompanhar um conteúdo especializado no universo de pets.

Autor: Marcela Rocha

Marcela Rocha é jornalista da Agência Púrpura e tutora do Luke, Fred e Francis, três gatinhos travessos. Ama podcasts, café e chocolate barato.

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